segunda-feira, 30 de abril de 2007

Black Sabbath - The Dio Years



Finalmente saiu uma coletânea decente cobrindo o período do Black Sabbath com o Dio nos vocais. E foi uma espera que valeu a pena, uma compilação com músicas chave dentro do repertório que passam pelos álbuns "Heaven and Hell", "Mob Rules" e "Dehumanizer".

Faixas como "Neon Knights", "Heaven and Hell", "Voodoo", "Children of the Sea" única do "Live Evil" e "TV Crimes" fazem os fãs de Sabbath balançarem na hora de escolher qual a melhor fase da banda, pois apesar dos maiores clássicos serem com o Ozzy, o vocal do Dio é primoroso e muito mais potente do que de seu antecessor.

E pra coroar essa coletânea, ainda nos brindam com três faixas inéditas muito boas, as músicas "The Devil Cried", "Shadow of the World" e "Ear in the Wall" foram compostas exclusivamente para esse disco e não devem em nada aos clássicos que estão lá.

Se você é fã do Black Sabbath corra logo pra arrumar o seu.

NOTA: 10/10

Faixas: 1. Neon Knights (3:52) / 2. Lady Evil (4:24) / 3. Heaven And Hell (6:59) / 4. Die Young (4:44) / 5. Lonely Is The Word (5:51) / 6. The Mob Rules (3:16) / 7. Turn Up The Night (3:42) / 8. Voodoo (4:34) / 9. Falling Off The Edge Of The World (5:05) / 10. After All (The Dead) (5:42) / 11. TV Crimes (4:02) / 12. I (5:13) / 13. Children Of The Sea (Live) (6:14) / 14. The Devil Cried (6:01) / 15. Shadow Of The Wind (5:40) / 16. Ear In The Wall (4:04)

domingo, 29 de abril de 2007

Motörhead (Fundição Progresso, 28.04.2007)



O Motörhead é uma das bandas mais queridas entre a galera, ela tem sua legião de fãs entre os bangers e entre os punks. Isso explica a casa quase cheia nessa sexta aqui no Rio, mesmo com os preços salgados dos shows.

O show é uma sucessão de clássicos, com pouca coisa do bom disco novo "Kiss of Death", apenas três músicas. A banda continua muito pesada e muito boa, o som da Fundição ajudou bastante, pois estava num volume que mostra todo o poder do Motörhead ao vivo.

Lemmy, Mike Dee e Phil Campbell são extremamente simpáticos com a galera, e tentam se comunicar com o público o tempo todo, pena que não dá pra entender muito o que eles falam, parecem estar sempre bêbados.



O set-list visita a carreira toda da banda com destaques pra "Metropolis", "Sacrifice" com o solo de bateria animal do Mike Dee, "Going to Brazil" que tem um gostinho especial por ter sido feita pra gente e "Rosalie" cover do Thin Lizzy que o Lemmy fez questão de dedicar ao baixista Phil Lynott, morto em 1986. A volta pro bis foi muito legal com "Whorehouse Blues" onde a banda faz um blusão lentinho e o Lemmy ataca na gaita e termina arrasador com "Ace of Spades" e "Overkill" que além de ser uma música avassaladora, ainda teve uma iluminação muito boa que colaborou muito com o clima do show.

Tudo como a galera queria, quem foi saiu muito feliz com a sensação de que foi uma grana bem gasta, e com certeza vai estar lá quando a banda voltar ao Brasil.

NOTA: 9/10

Set-list: 1. Dr. Rock / 2. Stay Clean / 3. Be My Baby / 4. Killers / 5. Metropolis / 6. Over The Top / 7. One Night Stand / 8. I Got Mine / 9. In The Name Of Tragedy / 10. Sword Of Glory / 11. The Chase is Better Than the Catch / 12. Rosalie (Thin Lizzy cover) / 13. Sacrifice / 14. Just Cos You Got The Power / 15. Going To Brazil / 16. Killed By Death / 17. Iron Fist / 18. Whorehouse Blues / 19. Ace Of Spades / 20. Overkill

Fotos: Zeh Smith - www.rockunderground.com.br

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Nine Inch Nails - Year Zero



Trent Reznor é a alma (e tudo mais) do Nine Inch Nails, e acaba de lançar o mais novo álbum com sua "banda". Geralmente tudo que eles fazem é cercado de muita expectativa, pois costuma ser bem bacana e controverso.

Dessa vez a expectativa foi só para o lado controverso, com show invadido por polícia fake e o Trent disponibilizando o material bruto para quem quiser remixar o álbum. Já o CD em sí é médio, muito arrastado, apesar de ter a cara do NIN fica aquém aos trabalhos anteriores.

Músicas como "My Violent Heart" e "Meet Your Master" são duras de ouvir, e outras acabam sendo longas demais. Mas nem tudo passa batido no disco, as faixas "Vessel", "Capital G" e "In This Twilight" são muito boas, fazendo com o que o resultado final seja um disco mediano. Se você compilar só as melhores vai ter um EP bacana, mas o que foi para as lojas é dispensável caso você já tenha álbuns como "The Fragile" e "The Downard Spiral".

NOTA: 5/10

Faixas: Hyperpower! (1:42) / The Beginning of the End (2:47) / Survivalism (4:23) / The Good Soldier (3:23) / Vessel (4:52) / Me, I'm Not (4:52) / Capital G (3:50) / My Violent Heart (4:13) / The Warning (3:38) / God Given (3:51) / Meet Your Master (4:08) / The Greater Good (4:52) / The Great Destroyer (3:17) / Another Version of the Truth (4:09) / In This Twilight (3:33) / Zero-Sum (6:14)

terça-feira, 24 de abril de 2007

Patti Smith - Twelve



Quem conhece o trabalho dessa cantora/poetisa sabe que a carreira dela é recheada de boas covers, algumas registradas em albuns oficiais casos de "Gloria" ou "My Generation". Então por que não lançar um álbum só com releituras?

Esse é o caso do mais novo álbum de Patti Smith, "Twelve". Chamar esse novo trabalho de álbum de covers é uma afronta ao que foi feito, são 12 releituras de grandes nomes do rock e que na voz dela ficaram ainda mais bacanas.

As versões vão desde Jimi Hendrix ("Are You Experience?") até Nirvana ("Smells Like Teen Spirit"), essa inclusive com um arranjo completamente diferente está praticamente irreconhecível, e isso é bom para uma música tão figurinha fácil. Passando por Steve Wonder ("Pastime Paradise"), Bob Dylan ("Changing of the Guards") e Beatles ("Within you without you") o difícil é selecionar um destaque.

As versões de "Helpless" (Neil Young), "Gimme Shelter" (Rolling Stones), "Everybody Wants to Rule the World" (Tears for Fears) e "White Rabbit" (Jefferson Airplane) são pérolas dentro desse disco que como um todo é muito coeso e espetacular.

Esse é um CD para se ouvir muitas e muitas vezes aproveitando cada momento dele.

NOTA: 9/10

Faixas: 01. Are You Experienced? (4:46) / 02. Everybody Wants to Rule the World (4:07) / 03. Helpless (4:02) / 04. Gimme shelter (5:01) / 05. Within you without you (4:51) / 06. White rabbit (3:54) / 07. Changing of the Guards (5:48) / 08. The Boy in the Bubble (4:30) / 09. Soul Kitchen (3:45) / 10. Smells like Teen Spirit (6:31) / 11. Midnight rider (4:02) / 12. Pastime Paradise (5:26)

Rush - Snakes & Arrows



Depois de 5 anos sem lançar nenhum disco de estúdio o RUSH volta com um disco que vai deixar os fãs extremamente contentes.

"Snakes & Arrows" abre logo com "Far Cry" que é com certeza é uma das grandes músicas do álbum e foi a escolhida pela banda para servir de cartão de visitas no site oficial. E daí por diante são uma série de grandes composições que mostram que a banda continua criativa, as faixas "Armor & Sword", "Bravest Face" e "Workin' Them Angels" são provas disso, essa última poderia estar fácil em discos mais clássicos da banda.

Outras grandes músicas do disco, na linha mais melódica são "The Way the Wind Blows" e "Faithless", muito bem executadas e com arranjos muito bacanas.

O disco ainda nos presenteia com três instrumentais poderosas, as faixas "The Main Monkey Business", "Hope" e "Malignant Nacissism", a segunda então tocada só no violão de cordas de aço é belíssima.

Para os fãs que receberam o álbum anterior com desconfiança e até não gostaram tanto dele, esse novo CD é muito melhor que o "Vapor Trails", mais voltado ao passado da banda, com os músicos mais soltos e com o punch que as vezes falta para bandas mais novas.

NOTA: 8/10

Faixas: 1. Far Cry (5:18) / 2. Armor and Sword (6:36) / 3. Workin' Them Angels (4:46) / 4. The Larger Bowl (4:07) / 5. Spindrift (5:23) / 6. The Main Monkey Business (6:01) / 7. The Way the Wind Blows (6:28) / 8. Hope (2:02) / 9. Faithless (5:31) / 10. Bravest Face (5:11) / 11. Good News First (4:51) / 12. Malignant Narcissism (2:17) / 13. We Hold On (4:12)

Bad Religion (Citibank Hall, 16.04.2007)



Nada como uma banda que não precisa de apresentações para fazer um show poderoso. Assim foi o show de domingo dos californianos do BAD RELIGION.

Pela quinta vez no Brasil a banda veio terminando a tour do álbum "The Empire Strikes First" que tem ótimas músicas que ao vivo funcionam muito bem. O Citibank hall não estava lotado, mas contava com um bom público. A banda entrou logo chutando tudo com uma das músicas mais conhecidas deles por aqui "American Jesus", à partir daí eles fizeram uma leitura de mais de 20 anos de estrada alternando por clássicos como "I Want to Conquer the World", "21st Century Digital Boy", "You" e músicas mais novas como "Let Them Eat War", "Supersonic" e a novíssima "Heroes and Martyrs" que sairá no próximo álbum da banda. Mais foi no final do show que eles fizeram a grande surpresa pro público, depois de ter sido pedida praticamente o show todo, eles tocaram "Punk Rock Song" pela primeira vez no Brasil, levando a galera ao delírio.



Fato lamentável foi a entrada de uma "garota" de biquini que ficou servindo bebidas pra banda e depois já de camiseta pulou na galera, realmente dispensável no meio de um show que não precisa de apelação nenhuma pra chamar atenção. Outro fato que vale registrar é o baterista que tem acompanhado a banda nessa tour, Brooks Wackerman, que já passou pelo Vandals e pelo Suicidal Tendencies, ele é na minha humilde opinião o melhor que já passou pela banda, e dá um peso maior as músicas e ao vivo mata a pau.

E foi isso, mais uma vez o Bad Religion fez o que sabe fazer de melhor, punk da melhor qualidade e que deixou o pessoal aqui do Rio muito feliz com mais essa passagem por terras brasileiras.

NOTA: 9/10

Set-list: American Jesus / I want To conquer Ther World / Let Them Eat War / 21st Century (Digital Boy) / You / The Defense / Anesthesia / Infected / Supersonic / Prove It / Sanity / No Control / Epiphany / LA Is Burning / Struck A Nerve / Suffer / Recipe For Hate / Come Join Us / Generator (Versão Tested) / Heroes and Martyrs / Punk Rock Song / Fuck Armageddon... This Is Hell / Along The Way / Sorrow