quarta-feira, 6 de maio de 2009

40 anos de rock! - The Who - Tommy



Hoje vou começar uma série de resenhas contando um pouco da história do rock pelos albuns que na minha opinião são excenciais e devem ser tratados como marcos para definir esse que é o estilo musical mais cheio de vertentes e seguidores que é o rock'n'roll.

Nada melhor começar com um disco que esse ano completa 40 primaveras de existência. Tommy do The Who foi o pioneiro na idéia de conceber um album totalmente conceitual, uma ópera-rock que em suas faixas contam a história de Tommy Walker, um menino cujo pai foi para guerra e é dado como morto, sua mãe então resolve recomeçar a vida e casa novamente, mas derrepente o pai dele volta e acaba sendo assassinado pela mãe e o novo marido.

Presenciando isso tudo o pequeno Tommy desenvolve um bloqueio que o deixa cego, surdo e mudo e sua vida toda se resume em jogar fliperama.

As músicas são todas obras-prima, "Acid Queen", "Pinball Wizard", "Were Not Gonna Take It", "I'm Free" são executadas pela banda no seu potencial máximo, que nos shows da turnê (aliás, uma das melhores que eu já tive o prazer de ouvir) fazia questão de tocar o album na íntegra.

A história ficou tão famosa que foi realizado um musical em 1975 baseada nela com um elenco que contava com grandes astros como Eric Clapton, Elton John, Ringo Starr entre outros. Fora uma versão com a London Symphony Orchestra e uma peça na Broadway (e que foi encenada aqui no Brasil em 96).

Se você ainda não ouviu esse disco trate de arrumar ele agora, pois com certeza vai mudar a forma com que você vai curtir um disco, principalmente nessa era das "músicas soltas". Ouça em volume máximo.

Faixas: 01. Overture (5:21) / 02. It's A Boy (0:38) / 03. 1921 (2:49) / 04. Amazing Journey (3:24) / 05. Sparks (3:46) / 06. Eyesight To The Blind (2:13) / 07. Christmas (4:34) / 08. Cousin Kevin (4:07) / 09. The Acid Queen (3:34) / 10. Underture (10:09) / 11. Do You Think It's Alright? (0:24) / 12. Fiddle About (1:29) / 13. Pinball Wizard (3:01) / 14. There's A Doctor (0:23) / 15. Go To The Mirror! (3:49) / 16. Tommy Can You Hear Me? (1:36) / 17. Smash The Mirror (1:35) / 18. Sensation (2:27) / 19. Miracle Cure (0:12) / 20. Sally Simpson (4:12) / 21. I'm Free (2:40) / 22. Welcome (4:34) / 23. Tommy's Holiday Camp (0:57) / 24. We're Not Gonna Take It (7:08)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Heaven & Hell - The Devil you Know



Chega bem a tempo de escutarmos antes de ir ao show o novo disco do Heaven & Hell (ou Black Sabbath fase Dio), o The Devil you Know.

Ouso dizer que ele não deixa nada a dever ao clássicos "Heaven & Hell" e "Mob Rules", a guitarra poderosa de Tony Iommi está lá, as letras demoníacas do Dio com seu vocal arrebatador e muita música boa.

O disco abre com "Atom and Evil" que já deixa o ouvinte preparado para a música de trabalho a "Bible Black" que é forte candidata a clássico, muito boa mesmo.

Em quase uma hora de disco é ritmo acelerado, nem parece que os caras juntos tem mais de 200 anos (hehehehehe). Além da já citada "Bible Black" outros destaques são "Rock and Roll Angel" e a veloz "Eating the Cannibals".

Agora mescle esse disco com as já clássicas músicas da "era Dio" e você pode esperar shows fantásticos na tour que passará pelo Brasil em maio.

Nota: 8,5/10

Faixas: 1. Atom and Evil (5:13) / 2. Fear (4:46) / 3. Bible Black (6:26) / 4. Double the Pain (5:23) / 5. Rock and Roll Angel (6:02) / 6. The Turn of the Screw (5:00) / 7. Eating the Cannibals (3:35) / 8. Follow the Tears (6:09) / 9. Neverwhere (4:32) / 10. Breaking into Heaven (6:53)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Neil Young - Fork in the Road



Um dos caras mais bacanas (e ainda hoje o melhor show que eu ví na vida) acaba de lançar um disco novinho e com a mesma pegada de sempre, "Fork in the Road" é o mais recente álbum do Neil Young.

São 10 músicas que lembram bem a época do Crazy Horse à começar logo pela "When Worlds Collide" que abre o disco com a guitarra pesando preparando os ouvidos para outra porrada, "Fuel Line" que vem na mesma linha.

E só tem música boa, tanto que é difícil destacar alguma entre elas, mas para não ficar sem falar nada vamos colocar como melhores "Just Singing a Song", a lentinha "Light a Candle" e a música título "Fork in the Road".

No fim das contas são quase 40 minutos de puro rock'n'roll com um cara que ainda entende, e muito, das coisas.

Nota: 10/10

Faixas:
1. When Worlds Collide (4:13) / 2. Fuel Line (3:11) / 3. Just Singing A Song (3:31) / 4. Johnny Magic (4:17) / 5. Cough Up the Bucks (4:37) / 6. Get Behind the Wheel (3:08) / 7. Off the Road (3:21) / 8. Hit the Road (3:36) / 9. Light A Candle (3:00) / 10. Fork in the Road (5:46)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

KISS - Praça da Apoteose - 08.04.2009



Quando eu ví em 83 uma reportagem sobre o uma banda que iria se apresentar no país e que muitos diziam que pisava em pintinhos, tinha pacto com o "coisa-ruim" e troços do gênero a minha primeira reação foi: "quero ver esse show!".

É claro que quando se tem 10 anos você não tem muita autonomia, resultado, não fui ao antológico show do KISS no maracanã. Quis a vida que anos mais tarde eu ainda fosse um fã incondicional da banda, e em 99 tive a oportunidade de vê-los, com formação original em São Paulo, mas no Rio nunca, isso até quarta-feira passada.



Eu estava super ansioso para ver o show, e chegar a Apoteose e ver o palco montado serviu para me mostrar que eles realmente estariam alí depois de mais de 25 anos de espera, e um momento desses não poderia começar de forma diferente, palco apagado e a já famosa chamada "If you want the best, you got the best, the hottest band in the world... KISS!!!!!!"

O show pirotecnico começa com Deuce e então vem uma enxurrada de clássicos, a grande maioria tirada do primeiro ALIVE (que é o carro chefe desse tour). A banda está quase toda lá, afinal Eric Singer já tem tanta estrada com eles que já considerado um "membro oficial", e cá pra nós, musicalmente é muito melhor que o Peter.



Muitos dos clássicos são cantados em uníssono pela galera, o que faz com que por diversas vezes Paul e Gene fiquem sorrindo acompanhando a massa. Músicas como "Cold Gin", , "Got to Choose", "She" são convites à pular. Mas os pontos altos da noite ficam à cargo dos maiores hits.

Em "Rock and Roll All Nite" uma chuva de papel picado transforma a apoteose em passarela do rock e depois de quase duas horas de show a banda ainda tem gás paramandar "I Love it Loud" com Gene botando sangue pela boca (mas não voando) e a tudo termina com "Detroit Rock City".



Não fosse a chuva que castigou uns 15 minutos de apresentação, e acabou impedindo o voo do Paul e a execução da "Love Gun" tudo teria sido perfeito. Mas confesso que nem isso tirou o brilho dessa banda que com mais de 35 anos de estrada ainda leva uma legião de fãs (que se renovam ano após ano) ao seus shows.

NOTA: 10/10

SET-LIST:
01. Deuce / 02. Strutter / 03. Got To Choose / 04. Hotter Than Hell / 05. Nothin' To Loose / 06. C'Mon And Love Me / 07. Parasite / 08. She / 09. Watchin' You / 10. 100.000 Years / 11. Cold Gin / 12. Let Me Go Rock N Roll / 13. Black Diamond / 14. Rock N Roll All Nite / 15. Shout It Out Loud / 16. Lick It Up / 17. I Love It Loud / 18. I Was Made For Lovin' You / 19. Detroit Rock City

domingo, 15 de março de 2009

Iron Maiden - Praça da Apoteose - 14.03.2009

Tem certos shows que você simplesmente não pode perder, esse é exatamente o caso dessa turnê do Iron Maiden que passou pelo Rio e vai passar por outras 5 cidades aqui do Brasil.



Os caras estão comemorando uma vitoriosa carreira de mais de 30 anos, e para isso decidiram coroar os fãs com shows onde tocam a grande maioria dos clássicos da banda e para quem, como eu, não teve a oportunidade de assistir ao antológico show do primeiro Rock in Rio, essa era a oportunidade para ver músicas de uma época de ouro.

O show começa com o já conhecido discurso do primeiro ministro Wiston Churchill que serve de abertura para a arrebatadora "Aces High", não preciso ficar aqui dizendo que os caras não envelhecem, quem conhece a banda sabe disso, os anos passam e eles continuam parecendo muleques no palco.



A maior diferença agora é que eles são um sexteto que funciona muito bem, e serve para dar uma cara diferente em várias músicas. Durante o show eles passam por clássicos de antes da era Bruce como "Wratchild" e "Phantom of the Opera" e vão passando a limpo a carreira parando em 88 (a única excessão foi a "Fear of the Dark" do disco homônimo de 92).

Não dá pra citar pontos altos no show pois ele ficou o tempo todo assim, mas "The Trooper", "Powerslave" e a "Rime of the Ancient Mariner" são de tirar o fôlego, isso sem contar com a produção impecável do palco e é claro os momentos em que entram em cena Eddie.



A primeira vez que acontece é durante a "Iron Maiden", com um visual tirado da turnê do "Powerslave" entra ele enorme no fundo do palco todo mumificado, esse também é o momento em que a banda sai do palco, minutos depois ouvimos mais um "discurso" conhecido e a banda retorna ao som de "Number of the Beast" e logo depois mais Eddie dessa vez futurista com a cara do album "Somewhere in Time" na música "The Evil that man Do".

Fechando a noite um clássico do primeiro disco, "Sanctuary" onde o vocalista Bruce Dickinson promete à galera do Rio que estará de volta em 2011. Foi uma noite perfeita, acompanhar uma banda como essas que depois de mais de três décadas ainda faz shows assim é um privilégio, "up the Irons".



NOTA: 10/10

Set-list: Aces High / Wrathchild / 2 Minutes to Midnight / Children of the Damned / Phantom of the Opera / The Trooper / Wasted Years / Rime of the Ancient Mariner / Powerslave / Run to the Hills / Fear of the Dark / Hallowed be thy Name / Iron Maiden / Number of the Beast / The Evil that Man Do / Sanctuary

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

U2 - No Line on the Horizon



Depois de muito tempo sumido do blog um disco me fez reativar minhas resenhas. O novo lançamento dos irlandeses do U2 é o tipo de disco que dá vontade de você ouvir várias vezes, os caras estão bem e o tempo de estrada só fez com que a cada trabalho eles se mostrem melhores.

Logo na primeira música, que dá nome ao album, você sente que é o U2 dos velhos tempos, e a peteca não cai, são músicas animadas, algumas letras mais bobinhas, como na "Unknown Caller", mas em outras vemos o Bono ativista de sempre, a exemplo da ótima "Cedars of Lebanon".

Os meus destaques ficam para "Get on your Boots", "Magnificent" e "Breathe". No final são 53 minutos de puro rock'n'roll de uma das bandas que me fizeram ficar viciado nesse tipo de som e ainda hoje me fazem querer ir aos shows.

Nota: 10/10

Faixas: 1. No Line On The Horizon (4:08) / 2. Magnificent (5:20) / 3. Moment Of Surrender (7:20) / 4. Unknown Caller (5:59) / 5. I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight (4:10) / 6. Get On Your Boots (3:23) / 7. Stand Up Comedy (3:46) / 8. Fez - Being Born (5:12) / 9. White As Snow (4:37) / 10. Breathe (4:56) / 11. Cedars Of Lebanon (4:09)