Motörhead - Motorizer

O senhor Lemmy Kilminter e sua trupe acaba de lançar mais uma porrada. O album Motorizer é o 20º da banda, e os caras contiuam tão bons como no início, tem de tudo um pouco no disco.

As porradas típicas como na ótima Rock Out, músicas mais cadenciadas como Heroes e até as lentinhas, no estilo Motörhead, como One short life.

Mas as boas são sempre as que vem matando, destaques para Buried Alive e When the Eagles Scream. O album tem participações do guitarrista C.C. DeVille (Poison) e do baixista Mike Inez (Alice in Chains).

São quase 40 minutos de uma banda que continua a prestar bons serviços ao bom rock'n'roll, sem ficar inventando.

Nota: 9/10

Faixas: 1. Runaround man (2:57) / 2. Teach you how to sing the blue (3:03) / 3. When the eagle screams (3:44) / 4. Rock out (2:07) / 5. One short life (4:05) / 6. Buried alive (3:12) / 7. English rose (3:37) / 8. Back on the chain (3:24) / 9. Heroes (4:59) / 10. Time is right (3:14) / 11. The thousand names of God (4:33)

Coldplay - Viva la Vida or Death and All His Friends

Todo trabalho de Chris Martin e cia. é sempre aguardado com muita expectativa pelos fãs, e sempre se espera algo no nível do excelente A Rush of Blood to the Head.

O que aconteceu é que mais uma vez o fãs vão continuar aguardando por outro álbum nesse nível, o novo Viva La Vida é legal, mas não passa disso.

Muito lentinho ele soa arrastado, músicas como "Yes/Chinese Sleep Chant" e a "Viva la Vida" chegam até a ser chatinhas, mas não é um disco de todo ruim.

Tem músicas bacanas como "Cemeteries of London", "Lost!" e a já com clipe "Violet Hill" que lembram o Coldplay dos bons discos.

Fica a sensação de que a banda continua lá, mas está cada vez mais difícil superar a qualidade dos primeiros discos.

NOTA: 6,5/10

Faixas: Life In Technicolor (2:38) / Cemeteries of London (3:21) / Lost! (3:55) / 42 (3:57) / Lovers in Japan/Reign of Love (6:51) / Yes/Chinese Sleep Chant (7:06) / Viva La Vida (4:04) / Violet Hill (3:49) / Strawberry Swing (4:09) / Death and All His Friends/The Escapist (6:18)

Scarlet Johansson - Anywhere I Lay My Hat

Alguns lançamentos são sempre muito aguardados, geralmente por serem bandas ou músicos de renome. Esse até o caso da Scarlet Johansson, só que ela é uma atriz de renome, essa é sua primeira empreitada musical.

No álbum Anywhere I Lay My Hat, ela faz releituras de alguns clássicos do músico "maldito" Tom Waits, e não decepciona.

O disco é bacana, a voz dela é uma agradável mistura de Pati Smith e Marianne Faithfull. As músicas tem arranjos mais modernos, mas sem perder sua identidade original.

Faixas como "Anywhere I Lay My Hat", "I Wish I Was in New Orleans" e "I Don't Wanna Grown Up" são os pontos altos do cd.

As participações mais que especiais do CD são um ponto extra, David Bowie (que faz backing nas faixas "Falling Down" e em "Fannin' Street"), Dave Sitek (do TV On The Radio), Nick Zinner (do Yeah Yeah Yeahs) o próprio Tom Waits (faz backing na faixa "Who Are You") entre outros, dão os toques de quem entende de música e fazem com que esse disco não passe apenas por mais um de uma atriz que quer "aparecer" fazendo outra coisa.

NOTA: 7,5 / 10

Faixas: 1. Fawn (2:32) / 2. Town with no cheer (5:03) / 3. Falling down (4:55) / 4. Anywhere I lay my head (3:38) / 5. Fannin' street (5:06) / 6. Song for Jo (4:09) / 7. Green grass (3:33) / 8. I wish I was in New Orleans (3:59) / 9. I don't want to grow up (4:11) / 10. No one knows I'm gone (2:57) / 11. Who are you (4:49)

Korn e Ozzy Osbourne - HSBC Arena, RJ - 03.04.2008

Ontem tive a confirmação de que certos mitos envelhecem, mas não perdem o brilho. Depois de 13 anos do seu último show por essas bandas o Mr. Ozzy Osbourne voltou, e quem estava lá vai lembrar disso pro resto das vidas. Mas vamos por partes.

Como virou costume por aqui, e já não era sem tempo, o festival começou na hora, às 19:30h, o único problema é que eu trabalho e saio, com boa vontade, às 18:00h do centro da cidade, é claro que quando o Black Label Society entrou no palco eu estava preso no engarrafamento, e perdi a apresentação dos caras, mas dos 3 shows da noite era o que eu menos queria ver mesmo. Mas só para constar, meus amigos que viram disseram que foi muito bacana, embora curto.



Cheguei a tempo de ver o Korn, esse sim um dos shows que eu tanto queria ver. A banda é muito bacana, o Jonathan Davies manda bem, mesmo de saia. Eles abriram o show com a ótima "Right Now" seguida pela "A.D.I.D.A.S.".

A banda tem uma boa presença de palco, mas a cozinha fica muito lá no fundo e não se mostra muito, outro problema é que eles demoram um pouco entre o final de uma música e o início da outra, então eles tem que aturar a galera gritando "Ozzy, Ozzy".



Mas eles mandaram bem, não faltaram os clássicos da banda como "Faget", "Falling Away From Me" e "Freak on a Leash", essa inclusive fez com a galera agitasse bastante.

Eles fecharam o set deles com "Blind" e sairam do palco tendo feito um show bem bacana para um público que não costuma ser o deles.

NOTA: 8/10

Set-list: Right Now / A.D.I.D.A.S. / Hold On / Starting Over /Falling Away From Me - Open Up Outro / Coming Undone - We Will Rock You / Here to Stay / Shoots and Ladders - Helmet in the Bush / Faget / Freak on a Leash / Evolution / Somebody Someone /Got the Life / Blind



Depois disso a arena acende a luz e a gente acompanha os roadies montando o palco para a atração principal da noite, o Madman em pessoa. Depois de 40 minutos começa um playback dele pedindo pra galera começar o corinho que se repetiu a noite toda : "Olê, Olê, Olê Ozzy, Ozzy!!!".

Apagam a luz e começa um divertido filmezinho do Ozzy fazendo ponta em vários filmes e séries, aí sim começa o show. Ele entra no palco abrindo com "I don't Wanna Stop" boa música do disco novo e a partir daí é só porrada.



"Bark at the Moon", "Suicide Solution", "Mr. Crowley" e "Crazy Train" era tudo que a galera queria ouvir, Ozzy apesar de acabado pelas drogas e álcool ainda segura bem a onda no palco, muito diferente da caricatura que ele passa na série "The Osbournes".



Vale ressaltar que a banda que tá acompanhando ele também é muito boa, Zakk Wylde na guitarra é velho conhecido e manda bem pra caramba, o batera Mike Bordin (ex-Faith no More) é muito bom, o baixista Rob Blasko detona e o tecladista Adam Wakeman (filho do Rick Wakeman) faz jus ao sobrenome.

O set-list é quase igual ao tocado nos shows da tour, não fosse a surpresa da inclusão da "No More Tears" que deixou o público doido, incluindo este que escreve, pois essa é sem dúvida uma das melhores músicas do Ozzy e não poderia ficar de fora de nenhum show dele.



Não faltaram as lentinhas como "Road to Nowhere", "Mama, I'm Comming Home" e a nova "Here for You" que são boas e servem pra dar uma descançada nesse meu pescoço velho de guerra.

Os momentos Sabbath ficaram por conta da "War Pigs", "Iron Man" que tem com introdução o solo do Zakk, que eu particularmente acho grande demais, e fechando a noite "Paranoid".



Aí acontece o bizarro, Zakk Wylde quis fazer uma graça indo tocar na galera e quase perde a guitarra, resultado, tivemos uma versão exclusiva de "Paranoid" só com baixo, bateria e teclado. Mas o público só fez o que o Ozzy pediu, todos ficamos "extra crazy" até o final.

NOTA: 10 /10

Set-list: I don’t wanna stop / Bark at the moon / Suicide solution / Mr. Crowley / I’m not going away / War pigs / Road to nowhere / Crazy train / Iron man / I don’t know / No more tears / Here for you / I don’t want to change the world / Mama, I’m coming home / Paranoid

Portishead - Third

Mais de 10 anos depois do lançamento do seu último álbum de estúdio o Portishead acaba de lançar o tão aguardado "Third".

Para os fãs que esperaram tanto tempo, valeu a pena, o disco é muito bom, porém diferente. Na primeira vez que você ouve fica tentando entender o que está acontecendo, mas depois você percebe que o trabalho da banda está mais maduro.

Algumas músicas estão bem diferentes, como "Machine Gun" e "We Carry On", mas são bem boas. O meu destaque fica para "Magic Doors", a melhor faixa do disco.

Pra quem sentia falta dos "climas" que a banda sempre criou temos músicas com "Plastic" e "Small".

A curiosidade fica pela introdução do disco em português, um texto bizarro que antecede "Silence". Tomara que a eterna promessa de shows deles aqui no Brasil finalmente se realize com esse lançamento.

Nota: 8,5/10

Faixas: 1. Silence / 2. Hunter / 3. Nylon Smile / 4. The Rip / 5. Plastic / 6. We carry on / 7. Deep Water / 8. Machine Gun / 9. Small / 10. Magic Doors / 11. Threads

R.E.M. - Accelerate

Taí um disco que faz juz ao nome, o mais novo lançamento do R.E.M. vem realmente acelerado, músicas animadas, a banda afinada e mandando bem, eles novamente acertaram em cheio com álbum Accelerate.

O disco começa bem com "Living Well is the Best Reveng" e "Men-Sized Wreath" e segue num ritmo animado com a "Supernatural Superserious", que já tem um clipe bacana.

"Hollow Man" parece ser tirada dos álbuns clássicos dos anos 80 e é um dos pontos altos do disco junto com a faixa título "Accelerate" e "Mr. Richards", que na minha opinião é a melhor do disco.

Os momentos mais light ficam por conta de "Houston" e "Until the Day is Done" que tem arranjos muito bonitos, e tem a marca registrada da banda.

O disco fecha com a única faixa já divulgada, "I'm Gonna DJ" saiu no ao vivo da banda e agora tem a merecida versão de estudio.

O pessoal do R.E.M. mais uma vez não deixa os fãs na mão, agora é esperar para ver se eles voltam ao Brasil divulgando esse disco.

Nota: 10/10

Faixas: 1. Living Well Is The Best Revenge / 2. Man-Sized Wreath / 3. Supernatural Superserious / 4. Hollow Man / 5. Houston / 6. Accelerate / 7. Until The Day Is Done / 8. Mr. Richards / 9. Sing For The Submarine / 10. Horse To Water / 11. I'm Gonna DJ

Gnarls Barkley - The Odd Couple

A dupla formada pelos DJ Danger Mouse e o cantor Cee-Lo acaba de lançar seu segundo álbum, The Odd Couple, na verdade só sai em abril, mas já vazou na internet.

Após o sucesso do primeiro disco, St. Elsewhere (2006), que teve a música "Crazy" como carro chefe, esse segundo trabalho é bem mais equilibrado nas sonoridades.

Com uma mistura bacana de soul e música eletrônica o disco abre com a dançante "Charity Chase" e segue com as ótimas "Going On", "Run", que tem um clipe bacana, que você já encontra no YouTube e a "Surprise" aliás o disco é bem pra cima e é uma boa pedida pra festas em geral.

Os momentos mais "lounge" ficam por conta de "Who's Gonna Save my Soul", "Would be Killer" e "No Time Soon".

Como bola fora fica a música "Open Book", que é a mais fraca, mas não é ruim. O disco fecha com a ótima "A Little Better".

Os caras capricharam e se superaram, agora é ficar esperando pra ver se os caras continuam a lançar trabalhos tão bons.

Nota: 8,5/10

Faixas: 1. Charity Case / 2. Who's Gonna Save My Soul / 3. Going On / 4. Run / 5. Would Be Killer / 6. Open Book / 7. Whatever / 8. Surprise / 9. No Time Soon / 10. She Knows / 11. Blind Mary / 12. Neighbors / 13. A Little Better

Arnaldo Antunes - Ao Vivo no Estúdio

Ontem finalmente consegui ver um dos meus presentes de natal, o novo DVD do Arnaldo Antunes. Em seu primeiro DVD ele fez um show no estúdio Mosh em São Paulo, e deu uma revisitada no seu repertório.

Grandes músicas estão lá, desde a época dos Titãs ("O que" e "Não vou me adaptar") até a fase dos Tribalistas ("Um a Um" e "Velha Infância"), passando por algumas covers, com destaque para "Acabou Chorare", que se você não conhecer a original vai com certeza achar que é mais uma música do Arnaldo e "Desafinado" que não está creditada, mas ele canta no meio da música "O Silêncio".

Outros grandes momentos estão nas participações especiais. Estão lá parceiros de longas datas como Branco Mello, Nando Reis, Edgard Scandurra e a nova "tribo", Carlinhos Brown e Marisa Monte. E destaco também a ótima fotografia do show e o clima intimista, inclusive o show é todo gravado em preto e branco, dando um visual bem bacana.

Os bonus do DVD apesar de pouca coisa, são bem legais, com destaque para "O Buraco do Espelho/Bandeira Branca".

Grande registro desse cara, que apesar da voz rock'n'roll tem se mostrado um dos grandes compositores da MPB e que nesse DVD mais calmo mostra isso com propriedade.

Nota: 10/10

Faixas: 1- Qualquer / 2- Hotel Fraternité / 3- Saiba / 4- Sem Você / 5- Fim do dia / 6- Não Vou Me adaptar / 7- Acabou Chorare / 8- Para Lá / 9- Se tudo Pode acontecer / 10- 2 Perdidos / 11- Socorro / 12- Judiaria / 13- Num dia / 14- As Coisas / 15- Qualquer Coisa / 16- O Que / 17- Eu Não Sou da Rua / 18- Quarto de Dormir / 19- O buraco do Espelho / 20- Contato Imediato / 21- Pedido de Casamento / 22- O Silêncio / 23- Luzes / 24- Um A Um / 25- Velha Infância / Bônus: 1- O buraco do Espelho/Bandeira Branca / 2- Cabimento / 3- O Pulso / 4- Clipe Hotel Fraternité / 5- Slide Show

1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer

Esse ano eu ganhei de natal, além das habituais roupas, o livro 1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer, compilado pelo escritor Robert Dimery.

O livro é muito bacana, e acho que foi uma tremenda aquisição na minha biblioteca. Nele o autor fala desses 1001 discos que na opinião dele são indispensáveis de serem ouvidos antes do derradeiro dia da nossa partida.

Ele faz um apanhado desde os anos 40 até os dias de hoje (o álbum mais recente é de 2005). E em como todo tipo de listas, acho que ficaram alguns grandes discos de fora, e outros que não tinham a menor necessidade de estar alí, mas o que está lá foi feito com muito cuidado.

Dentro do possível as informações estão todas lá (capa, artista gráfico, set-list, ano de lançamento, gravadora), as informações dadas aos destaques e as curiosidades de cada disco também tornam a leitura muito mais legal do que apenas ver um TOP 1001.

É um itém que se você está interessado em ampliar seu leque de informação sobre bandas e albuns, e é claro gosta muito de ouvir música, tem que ter.

Nota: 9/10